Germanicus Julius Caesar era filho mais velho de Nero Claudius Drusus e de Antonia. Recebeu boa educação, que lhe permitiu traduzir o poema astronômico de Arato, mostrando interesse real sobre o assunto (ao contrário de Cicerus), e tentando esclarecer os fatos obscuros; foi também excelente em oratória. Entretanto, só obteve destaque quando a morte dos caesares Caius e Julius transferiu os planos de sucessão de Augustus para o ramo Claudiano da família. Quando Tiberius foi adotado por Augustus em 4 d.C., adotou por sua vez seu sobrinho Germanicus. Iniciou sua carreira senatorial, mas as crises na Pannonia e na Germania afastaram-no de Roma por longos períodos, e por essa época começou a provar suas habilidades militares e a conquistar a afeição dos exércitos.
Em 14 d.C., pode apoiar-se nesse sentimento para dominar o motim do exército do Reno; em 17 d.C., Tiberius chamou-o a Roma para gozar um triunfo merecido pela mais espetacular campanha até então realizada - campanha ao longo da costa do mar do Norte, contra os catos e os queruscos. Naturalmente, a extensão de seu sucesso e a devoção entusiástica do povo preocuparam o imperador. No fim do ano 17 d.C., ele foi enviado em missão para resolver os problemas orientais, e visitou triunfalmente cidade após cidade, providenciou a transformação da Capadocia em província (através do legado Veranius), minorou a escassez de víveres em Alexandria e visitou Tróia e o Nilo como turista. Voltando a Antioquia, foi acometido de uma doença que rapidamente se tornou fatal.
O governador da Síria, Calpurnius Piso, que não mantinha boas relações com Germanicus, foi acusado de envenená-lo ou amaldiçoá-lo. As cinzas de Germanicus foram levadas para Roma por sua viúva, Agrippina I, e provocaram cenas extraordinárias de pesar em vários lugares. A acreditarmos na tradição, Germanicus era um homem eminentemente generoso, talentoso, agradável e belo, e foi uma pena que tivesse morrido tão cedo. Por outro lado, alguns o consideravam orgulhoso, e seus filhos que atingiram e idade adulta - o imperador Caligula, Agrippina II e Drusilla - não depuseram a favor de seu caráter.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br
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