O governo imperial se incomodava com o crescimento e com os “mistérios” que envolviam os cristãos, que se negavam a participar das cerimônias religiosas regulares realizadas pelos romanos, bem como aceitar que o imperador fosse adorado como um deus. Este foi o principal motivo das perseguições. Mas, também existiam outros motivos, como por exemplo:
Religiosos: As reuniões dos cristãos despertavam suspeitas, por isso foram acusados de praticarem atos imorais e criminosos durante a celebração da Ceia do Senhor. Eles se reuniam antes do nascer do sol, ou então à noite, quase sempre em cavernas ou nas catacumbas subterrâneas. Eram acusados de incesto, de canibalismo e de praticas desumanas, a ponto de serem acusados de infanticídio em adoração ao seu Deus. A saudação com o ósculo santo (beijo) foi transformado em forma de conduta imoral.
Políticos: Os cristãos rejeitavam a escravidão e a adoração ao imperador. A adoração ao imperador era considerada prova de lealdade. Havia estátuas de imperadores reinantes nos lugares mais visíveis para o povo adorar. Só que os cristãos não faziam essa adoração. Pelo fato de cantarem hinos e louvores e adorarem a “outro Rei, um tal Jesus”, eram considerados pelo povo como desleais e conspiradores de uma revolução. Dentro da igreja misturavam escravos com o povo. E o que era considerado mais absurdo, o escravo podia tornar-se líder da igreja. Não havia dentro da igreja a divisão: senhor e escravo, os dois eram tratados de forma igual.
Primeiras perseguições
A primeira tomada de posição do Estado Romano contra os Cristãos remonta ao imperador Cláudio (41-54 d.C). Os historiadores Suetônio e Dione Cássio referem que Cláudio mandou expulsar os judeus porque estavam continuamente em litígio entre si por causa de um certo Chrestos. «Estaríamos diante das primeiras reações provocadas pela mensagem cristã na comunidade de Roma», comenta Karl Baus.
O historiador Gaio Suetônio Tranquilo (70-140 c.), funcionário imperial de alto nível sob Trajano e Adriano, intelectual e conselheiro do imperador, justificará a decisão e as sucessivas intervenções do Estado contra os Cristãos definindo-os como «superstição nova e maléfica»; palavras muito pesadas. Como superstição, o cristianismo é relacionado com as mágicas. Para os romanos ela é aquele conjunto de práticas irracionais que magos e feiticeiros de personalidade sinistra usam para enganar a gente ignorante, sem educação filosófica.
Magia é o irracional contra o racional, o conhecimento vulgar contra o conhecimento filosófico. A acusação de magia (como também de loucura) é uma arma com que o Estado Romano timbra e submete ao controle os novos e duvidosos componentes da sociedade como o cristianismo.
Com a palavra maléfica (= portadora de males) é encorajada a obtusa suspeita do povinho que imagina essa novidade (como qualquer novidade) impregnada dos delitos mais inomináveis e, portanto, causa dos males que de vez em quando se desencadeiam inexplicavelmente, da peste aos aluviões, da carestia à invasão dos bárbaros.
Corpo aberto mas etnia fechada e desconfiada
O Império Romano é (e manifestar-se-á especialmente nas perseguições contra os Cristãos) como um grande campo aberto, disposto a assimilar qualquer novo povo que abandone a própria identidade, mas também uma etnia fechada e desconfiada. Com a palavra etnia, grupo étnico (éthnos em grego) indicamos um agregado social que se distingue pela língua e cultura, desconfiada em relação a qualquer outra etnia.
Roma, com sua organização social de livres com todos os direitos e escravos sem qualquer direito, de patrícios ricos e de plebeus miseráveis, de centro explorador e periferia explorada, vive persuadida de ter realizado o sonho de Alexandre Magno: fazer a unidade da humanidade, fazer de cada homem livre um cidadão do mundo, e do império uma "assembléia universal" (oikuméne) que coincide com a "civilização humana".
Quem quiser viver fora dela, manter a própria identidade para não se confundir com ela, é excluído da civilização humana. Roma tinha um grande temor dos "estrangeiros", dos "diferentes" que poderiam pôr em discussão a sua segurança. E assim como estabeleceu a "concórdia universal" com a feroz eficiência de suas legiões, entende mantê-la também a golpes de espada, crucifixões, condenações aos trabalhos forçados, exílios. Numa palavra: Roma usa a "limpeza étnica" como método para tutelar a própria tranqüila segurança de ser "o mundo civil".
Nero e os Cristãos vistos pelo intelectual Tácito
Um incêndio devastou 10 dos 14 bairros de Roma no ano 65. O imperador Nero, acusado pelo povo de ser o seu autor, lançou a culpa sobre os Cristãos. Inicia, assim, a primeira grande perseguição que durará até 68 e verá perecer, entre outros, os apóstolos Pedro e Paulo.
O grande historiador Tácito Cornélio (54-120), senador e cônsul, descreverá esse acontecimento em seus "Anais", escrito no tempo de Trajano. Ele acusa Nero de ter injustamente culpado os Cristãos, mas declara-se convencido de que eles merecem as mais severas punições porque a sua superstição os leva a cometer infâmias. Não compartilha nem mesmo da compaixão que muitos experimentaram ao vê-los torturados. Eis a célebre página de Tácito:
«Para acabar logo com as vozes públicas, Nero inventou os culpados, e submeteu a refinadíssimas penas aqueles que o povo chamava de cristãos, e que eram mal vistos pelas suas infâmias. O nome deles provinha de Cristo, que sob o reinado de Tibério fora condenado ao suplício por ordem do procurador Pôncio Pilatos.
Momentaneamente adormecida, essa superstição maléfica prorrompeu de novo, não só na Judéia, lugar de origem daquele flagelo, mas também em Roma onde tudo que seja vergonhoso e abominável acaba confluindo e encontrando a própria consagração.
«Foram inicialmente aprisionados os que faziam confissão aberta da crença. Depois, denunciados por estes, foi aprisionada uma grande multidão, não tanto porque acusados de terem provocado o incêndio, mas porque eram tidos como acesos de ódio contra o gênero humano.
«Os que se encaminhavam à morte estavam também expostos à burla: cobertos de pele de feras, morriam dilacerados pelos cães, ou eram crucificados, ou queimados vivos como tochas que serviam para iluminar as trevas quando o sol se punha. Nero tinha oferecido seus jardins para gozar desse espetáculo, enquanto oferecia os jogos do circo e, vestido como cocheiro misturava-se ao povo ou mantinha-se hirto sobre o coche.
«Embora os suplícios fossem contra gente culpada, que merecia tais tormentos originais, nascia por eles, um senso de piedade, porque eram sacrificados não em vista de um vantagem comum, mas pela crueldade do príncipe» (15,44).
Os cristãos eram, portanto, tidos também por Tácito como gente desprezível, capaz de crimes horrendos. Os crimes mais infames atribuídos aos cristãos eram o infanticídio ritual (como se na renovação da Ceia do Senhor, quando alimentavam-se da Eucaristia, sacrificassem uma criança e comessem suas carnes!) e o incesto (clara deformação do abraço da paz que se dava na celebração da Eucaristia "entre irmãos e irmãs"). As acusações, nascidas do mexerico do povo simples, foram assim sancionadas pela autoridade do Imperador, que perseguia os cristãos e os condenava à morte.
A partir daquele momento (testemunha Tácito) acrescentou-se à conta dos Cristãos um novo crime: o ódio contra o gênero humano. Plínio o Jovem escreverá, ironicamente, que daquele momento em seguida poder-se-ia condenar qualquer um à morte.
Acusados de ateísmo
São muito poucas as notícias da perseguição que atingiu os Cristãos no ano 89, sob o imperador Domiciano. É, de particular importância, a notícia trazida pelo historiador grego Dione Cássio, que foi pretor e cônsul em Roma. Ele afirma no livro 67 da sua História Romana que sob Domiciano foram acusados e condenados "por ateísmo" (ateòtes) o cônsul Flávio Clemente e sua mulher Domitila, e com eles muitos outros que «tinham adotado os costumes judaicos».
A acusação de ateísmo, nesse século, dirige-se a quem não considerava a majestade imperial como divindade absoluta. Domiciano, duríssimo restaurador da autoridade central, pretende o culto máximo à sua pessoa, centro e garantia da "civilização romana".
É admirável que um intelectual como Dione Cássio chame de "ateísmo" a recusa do culto ao imperador. Significa que em Roma não se admite nenhuma idéia de Deus que não coincida com a majestade imperial. Quem tem uma idéia diversa é eliminado como gravemente perigoso à "civilização romana".
Plínio o Jovem, governador da Bitínia no Mar Negro, estava voltando em 111 de uma inspeção em sua populosa e rica província quando um incêndio devastou a capital, Nicomédia. Muito poderia ter sido salvo se houvessem bombeiros. Plínio relata ao imperador Trajano (98-117): «Cabe-te, senhor, avaliar a necessidade criar uma associação de bombeiros de 150 homens. De minha parte, farei com que essa associação não acolha senão bombeiros…».
Trajando responde recusando a iniciativa: «Não esqueças que a tua província está nas mãos de sociedades desse tipo. Qualquer que seja o seu nome, qualquer que seja a destinação que quisermos dar a homens reunidos em corporação, isso permite, sempre e rapidamente as hetérias. O temor das hetérias (nome grego das "associações") prevaleceu sobre o medo dos incêndios.
O fenômeno era antigo. As associações de qualquer tipo que se transformavam em grupos políticos tinham levado César a interditar todas as associações no ano 7 a. C.: «Quem quer que forme uma associação sem autorização especial, é passível das mesmas penas dos que atacam à mão armada os lugares públicos e os templos». A lei estava sempre em vigor, mas as associações continuavam a florescer: dos barqueiros do Sena aos médicos de Avenches, dos mercantes de vinho de Lion aos trombeteiros de Lamesi. Todas defendiam os interesses de seus inscritos fazendo pressões sobre os poderes públicos.
Plínio não demorou em aplicar a interdição das hetérias num caso particular que lhe foi apresentado no outono de 112. A Bitínia estava cheia de Cristãos: «É uma multidão de gente de todas as idades, de todas as condições, espalhada pelas cidades, nas aldeias e nos campos», escreve ao Imperador. Continua dizendo que recebeu denúncias dos construtores de amuletos religiosos, perturbados pelos Cristãos que pregavam a inutilidade de tais bugigangas.
Instituíra uma espécie de processo para conhecer bem os fatos, e tinha descoberto que eles costumavam «reunir-se num dia fixo, antes do levantar-se do sol, cantar um hino a Cristo como a um deus, empenhar-se com juramento a não cometer crimes, a não cometer nem roubos, nem assaltos, nem adultérios, e a não faltar à palavra dada. Eles têm também o hábito de reunir-se para tomar a própria refeição que, apesar dos boatos, é alimento ordinário e inócuo».
Os cristãos não tinham cessado as reuniões nem mesmo depois do edito do governador que insistia na interdição das hetérias. Continuando a carta (10,96), Plínio refere ao Imperador que nada vê de mal nisso tudo. A recusa, porém, de oferecer incenso e vinho diante das estátuas do Imperador parece-lhe um ato sacrílego de desprezo. A obstinação dos Cristãos parece-lhe «irracional e tola».
Parece claro, da carta de Plínio, que caíram as absurdas acusações de infanticídio ritual e incesto. Permanecem a de «recusarem a oferecer culto ao Imperador» (portanto de lesa majestade), e da formação de hetérias.
O Imperador responde: «Os cristãos não devem ser perseguidos por ofício. Sendo, porém, denunciados e reconhecidos culpados, é preciso condená-los». Em outras palavras: Trajano encoraja a fechar um olho sobre eles: são uma hetéria inócua como os barqueiros do Sena e os vendedores de vinho de Lion. Uma vez, porém, que estão praticando uma «superstição irracional, tola e fanática» (como é julgada por Plínio e outros intelectuais do tempo, como Epíteto, e continuam a recusar o culto ao imperador (e portanto consideram-se «estranhos» à vida civil), não se pode fazer de conta que não há nada. Quando denunciados, sejam condenados.
Continua então (embora de forma menos rígida) o "Não é lícito ser cristão". Vítimas desse período são seguramente o bispo Simeão de Jerusalém, crucificado quando tinha 120 anos de idade, e Inácio Bispo de Antioquia, levado a Roma como cidadão romano, e aí justiçado. A mesma política, em relação aos Cristãos, é exercida pelos imperadores Adriano (117-138) e Antonino Pio (138-161).
Marco Aurélio: o cristianismo é uma loucura
Marco Aurélio (161 - 180), imperador filósofo, passou guerreando 17 dos seus 19 anos de império. Em suas Memórias, em que anotava todas as noites alguns pensamentos «para si mesmo», nota-se um grande desprezo pelo cristianismo. Considerava-o uma loucura porque propunha à gente comum, ignorante, uma maneira de comportar-se (fraternidade universal, perdão, sacrifício pelos outros sem esperar recompensa) que só os filósofos como ele podiam compreender e praticar ao final de longas meditações e disciplinas.
Ele proibiu, num rescrito de 176-7, que sectários fanáticos, com a introdução de cultos até então desconhecidos, pusessem em perigo a religião de Estado. A situação dos cristãos, sempre difícil, endureceu-se ainda mais com ele.
As comunidades florescentes da Ásia Menor, fundadas pelo apóstolo Paulo foram submetidas dia e noite a roubos e saques por parte da ralé. Em Roma, o filósofo Justino e um grupo de intelectuais cristãos foram condenados à morte. A florescente comunidade de Lion foi destruída sob a acusação de ateísmo e imoralidade. Pereceram entre torturas refinadas, também, a muito jovem Blandina, e Pôntico de quinze anos.
Os relatórios que chegaram até nós dão a entender que a opinião pública foi endurecendo em relação aos cristãos. Grandes calamidades públicas (das guerras à peste) despertaram a convicção de que os deuses estivessem encolerizados contra Roma. Quando percebeu-se que os cristãos ficavam ausentes das funções expiatórias, ordenadas pelo Imperador, o furor popular encontrou pretextos para excitar-se contra eles. A mesma situação continuou nos primeiros anos do imperador Cômodo, filho de Marco Aurélio. Sob o reinado de Marco Aurélio, a ofensiva dos intelectuais de Roma contra os Cristãos atingiu o auge.
«Freqüente e erroneamente - escreve Fábio Fuggiero - acredita-se que o mundo antigo tenha combatido a nova fé com as armas do direito e da política. Numa palavra, com as perseguições. Se isso pode ser verdade (embora apenas em parte) para o primeiro século da era cristã, já não o é a partir de meados do segundo século. Seja o mundo da "gentios" (= pagãos) seja a Igreja compreendem, mais ou menos na mesma época, a necessidade de combater-se e de dialogar no terreno da argumentação filosófica e teológica.
«A cultura antiga, treinada por séculos em todas as subtilezas da dialética, pode opor armas intelectuais refinadíssimas ao complexo doutrinal cristão e, logo, a própria Igreja, tomando consciência da força que o pensamento clássico exerce como freio da expansão do evangelho, vê a necessidade de elaborar um pensamento filosófico e teológico genuinamente cristão, mas capaz ao mesmo tempo, de exprimir-se numa linguagem e em categorias culturais inteligíveis por parte do mundo greco-romano, no qual se vem inserindo sempre mais».
As argumentações dos intelectuais anticristãos
As argumentações de Marco Aurélio (121-180), Galeno (129-200), Luciano, Pelegrino Proteo e, especialmente, Celso (que escreveram suas obras na segunda metade do século segundo) podem-se condensar assim:
«A 'salvação' da insignificatividade da vida, da desordem dos acontecimentos, do aniquilamento da morte, da dor, só pode ser encontrada numa 'sabedoria filosófica' por parte de uma elite de raros intelectuais. Trata-se de uma loucura o fato de os cristãos colocarem esta 'salvação' na 'fé' num homem crucificado (como os escravos) na Palestina (uma província marginal) e declarado ressuscitado.
«O fato de os cristãos crerem na mensagem do crucificado, que se dirige preferencialmente aos marginalizados e pobres (à 'poeira humana') e que pregue a fraternidade universal (numa sociedade bem escalonada em pirâmide e considerada como 'ordem natural') é outra loucura intolerável, que incomoda, que revira tudo. É preciso eliminar os Cristãos como transgressores da civilização humana».
A crítica dos intelectuais anticristãos volta-se contra a própria idéia de "revelação do alto", não baseada numa "sabedoria filosófica"; contra as Escrituras cristãs, que têm contradições históricas, textuais, lógicas; contra os dogmas "irracionais"; contra o fato do LOGOS de Deus fazer-se carne (Evangelho de João) e submeter-se à morte dos escravos; contra a moral cristã (fidelidade no matrimônio, honestidade, respeito pelos outros, ajuda recíproca), que pode ser alcançada por um pequeno grupo de filósofos, mas não certamente pela massa intelectualmente pobre.
Toda a doutrina cristã, para esses intelectuais, é loucura, como é loucura a pretensão da ressurreição (ou seja, da prevalência da vida sobre a morte), como é loucura a preferência de Deus pelos humildes e a fraternidade universal. É tudo irracional.
O filósofo grego Celso, em seu Discurso sobre a verdade, escreve: «Recolhendo gente ignorante, que pertence à mais vil população, os cristãos desprezam as honras e a púrpura, e chegam até mesmo a chamar-se indistintamente de irmãos e irmãs… O objeto de sua veneração é um homem punido com o último dos suplícios e, do lenho funesto da cruz, eles fazem um altar, como convém a depravados e criminosos».
As primeiras reações dos Cristãos
Por decênios, os cristãos permaneceram calados. Difundem-se com a força silenciosa da proibição. Opõem amor e martírio às acusações mais infamantes. É no segundo século que seus primeiros apologistas (Justino, Atenágoras, Taciano) negam, com a evidência dos fatos, as acusações mais infamantes, e procuram exprimir a própria fé (nascida em terra semítica e confiada a "narrações") em termos culturalmente aceitáveis por um mundo embebido de filosofia greco-romana. Os "tijolos" bem alinhados da mensagem de Jesus Cristo começam a ser organizados segundo uma estrutura arquitetônica que possa ser valorizada pelos greco-romanos. Serão Tertuliano, no Ocidente, e Orígenes, no Oriente (terceiro século), a darem uma forma sistemática e imponente a toda a "sabedoria cristã". Com os "tijolos" da mensagem de Jesus Cristo tentar-se-á delinear a harmonia da basílica romana, como depois, com o passar dos séculos, tentar-se-á delinear a ousadia da basílica gótica, a sólida pacatez da catedral românica, o fasto da igreja barroca…
A grave crise do terceiro século (200-300)
O século terceiro vê Roma em gravíssima crise. As relações entre Cristianismo e império romano transformam-se, embora nem todos o percebam. A grande crise é assim descrita pelo historiador grego Herodiano: «Jamais houve, nos duzentos anos passados, um tão freqüente suceder-se de soberanos, nem tantas guerras civis e contra os povos limítrofes, nem tantos movimentos de povos. Houve uma quantidade incalculável de assaltos a cidades no interior do Império e em muitos países bárbaros, de terremotos e pestilências, de reis e usurpadores. Alguns deles exerceram o comando longamente, outros mantiveram o poder por brevíssimo tempo. Algum deles, proclamado imperador e glorificado, permaneceu um só dia e logo desapareceu».
O Império Romano estendera-se progressivamente com a conquista de novas províncias. A conquista continuada permitira a exploração de sempre novas vastíssimas terras (o Egito era o celeiro de Roma, a Espanha e as Gálias, a sua vinha e o seu olival). Roma apossara-se de sempre novas minas (a Dácia tinha sido conquistada pelas suas minas de ouro). As guerras de conquista tinham providenciado multidões infinitas de escravos (prisioneiros de guerra), mão-de-obra gratuita.
Em meados do século terceiro (por volta de 250) percebeu-se que a festa acabara. A Leste, formara-se o poderoso império Sassânida, que fez duríssimos ataques aos Romanos. Em 260 foram capturados o imperador Valeriano e todo o seu exército de 70 mil homens, e devastadas as províncias do Leste. A peste acabou com as legiões supérstites e espalhou-se por todo o Império. Ao Norte formara-se um outro aglomerado de povos fortes: os Godos. Espalharam-se pela Mésia e pela Dácia. O Imperador Décio e o seu exército tinham sido massacrados em 251. Os Godos desceram devastando do Norte até Esparta, Atenas, Ravena. Eram terríveis os amontoados de destroços que deixavam. A maior parte das pessoas cultas, que não puderam ser substituídas, perderam a vida ou tornaram-se escravas. A vida regrediu ao estado primitivo e selvagem. A agricultura e o comércio foram aniquilados.
Nesse tempo de grave incerteza cai a segurança garantida pelo Estado. Agora são os gentios (=pagãos) que se tornam "irracionais", a confiar não mais na ordem imperial mas na proteção das divindades mais misteriosas e estranhas. Surge no Quirinal, em Roma, um templo à deusa egípcia Isis, o imperador Heliogábalo impõe a adoração do deu Sol, o povo recorre a ritos mágicos para manter a peste distante. Entretanto, mesmo no século terceiro dão-se anos de terríveis perseguições contra os cristãos. Não mais por causa da sua "irracionalidade" (num mar de gente que se entrega a ritos mágicos, o cristianismo é agora o único sistema racional), mas em nome da renascida limpeza étnica. Muitos imperadores, mesmo sendo bárbaros de nascimento, vêem no retorno à unidade centralizada a única via de salvação. E decretam a extinção dos cristãos, sempre mais numerosos, para lançar fora da etnia romana esse "corpo estranho", que se apresenta sempre mais como uma nova etnia, pronta a substituir aquela que já declina do império fundado nas armas, na rapina, na violência.
Setímio Severo, Maximino, Décio e Galo
Com Setímio Severo (193-211), fundador da dinastia siríaca, parece anunciar-se ao cristianismo uma fase de desenvolvimento não perturbado. Muitos cristãos ocupam posições influentes na corte. Só no décimo ano de seu reinado (202), o imperador muda radicalmente de atitude.
Em 202 surge um edito de Setímio Severo, que comina graves penas à passagem ao judaísmo e à religião cristã. A repentina mudança do imperador pode ser compreendida apenas pensando que ele percebera que os cristão estavam se unindo sempre mais fortemente numa sociedade religiosa universal e organizada, dotada de uma íntima forte capacidade de oposição que a ele, por considerações de política estatal, parece suspeita. As devastações mais vistosas foram sofridas pela célebre escola cristã de Alexandria e pelas comunidades cristãs da África.
Maximino Trace (235-238) teve uma reação violenta e brutal contra o que tinham sido amigos do seu predecessor, Alexandre Severo, tolerante com os cristãos. A igreja de Roma foi devastada com a deportação às minas da Sardenha dos dois chefes da comunidade cristã, o bispo Ponciano e o presbítero Hipólito.
A atitude para com os Cristãos não fora alterada entre a gente simples; demonstra-o a verdadeira caça aos cristãos desencadeada na Capadócia quando se acreditava ver neles os culpados de um terremoto. A revolta popular diz-nos o quanto os cristãos ainda fossem considerados "estranhos e maléficos" pelo povo. (Cf. K. Baus, Le origini, p. 282-287).
Sob o imperador Décio (249-251) desencadeia a primeira perseguição sistemática contra a Igreja, com a intenção de desenraiza-la para sempre. Décio (sucessor de Filipe o Árabe, muito favorável aos cristão, se não ele mesmo cristão), é um senador originário da Panônia, e muito apegado às tradições romanas. Sentindo profundamente a desagregação política e econômica do império, acreditou que podia restaurar a sua unidade recolhendo todas as energias ao redor dos protetores do Estado. Todos os habitantes são obrigados a sacrificar aos deuses e recebem, depois disso, um certificado.
As comunidades cristãs estão abaladas pela tempestade. Quem recusa-se ao ato de submissão é preso, torturado, justiçado: como o bispo Fabiano em Roma e, com ele, muitos sacerdotes e leigos. Em Alexandria houve uma perseguição acompanhada de saques. Na Ásia, os mártires foram numerosos; entre eles, os bispos de Pérgamo, Antioquia, Jerusalém. O grande estudioso Orígenes foi submetido a uma tortura desumana, e sobreviveu quatro anos aos suplícios, reduzido a uma larva humana.
Nem todos os Cristãos suportam a perseguição. Muitos aceitam sacrificar. Outros, mediante suborno, obtêm escondidamente os famosos certificados. Entre eles, segundo a carta 67 de Cipriano, estão pelo menos dois bispos espanhóis. A perseguição, que parece golpear até à morte a Igreja, termina com a morte de Décio em batalha contra os Godos na planície de Dobrug (Romênia). (Cf. M. Clèvont, I Cristiani e il potere. P. 179s).
Os setes anos seguintes (250-257) são de tranqüilidade para a Igreja, perturbada apenas em Roma por uma breve onda de perseguição quando o imperador Trebônio Galo (251-253) manda prender o chefe da comunidade cristã Cornélio, mandando-o em exílio a Centum Cellae (Civitavecchia). Sua conduta foi devida, provavelmente, à condescendência aos humores do povo, que atribuía aos cristãos a culpa pela peste que assolava o império. O cristianismo continuava a ser visto como "superstição" estranha e maléfica! (Cf. K. Baus, Le origini, p. 292).
Valeriano e as finanças do império
No quarto ano do reino de Valeriano (257) tem-se um improvisa, dura e cruenta perseguição dos cristãos. Não se tratou contudo de assunto religioso, mas econômico. Diante da precária situação do império, o conselheiro imperial (depois usurpador) Macriano induziu Valeriano a tentar tapar o rombo seqüestrando os bens dos cristãos ricos. Houve mártires ilustres (do bispo Cipriano ao papa Sisto II, ao diácono Loureço). Foi, porém, apenas um furto encoberto por motivos ideológicos, que terminou com o trágico fim de Valeriano. Em 259, ele caiu prisioneiro dos persas com todo o seu exército, foi obrigado à vida de escravo e morreu com tal.
Os quarenta anos de paz que se seguiram, favoreceram o desenvolvimento interno e externo da Igreja. Muitos cristãos acederam a altos cargos do Estado e demonstraram-se homens capazes e honestos.
O desastre financeiro cai nos braços de Diocleciano
Em 271 o imperador Aureliano ordenou aos soldados e cidadãos romanos que abandonassem aos Godos a vasta província da Dácia e suas minas de ouro: a defesa daquelas terras já tinha custado muito sangue.
Como não existiam mais províncias a conquistar e explorar, todas as tenções voltaram-se para o cidadão comum. Sobre eles abateram-se taxas, corvéias (= manutenção de aquedutos, canais, esgotos, estradas, edifícios públicos…) sempre mais onerosos. Já não se sabia, literalmente, se o trabalho realizado era para sobreviver ou para pagar as taxas.
Em 284, depois de uma brilhante carreira militar, Diocleciano, de origem dálmata, foi aclamado imperador. Desde então as taxas seriam pagas per capita e per jugero, ou seja, um tanto por cada pessoa e por cada pedaço de terra cultivável.
A coleta das taxas foi confiada a uma atilada e imensa burocracia, que tornava impossível fugir ao fisco, punia de modo desumano quem conseguia fazê-lo e custava muitíssimo ao estado.
As taxas eram tão pesadas que tiravam a vontade de trabalhar. A solução foi proibir que se abandonasse o lugar de trabalho, o pedaço de terra que se cultivava, a oficina, o uniforme militar.
«Teve início, dessa forma - escreve F. Oertel, professor de história antiga na Universidade de Bonn - a feroz tentativa do Estado de espremer a população até à última gota… Sob Diocleciano é realizado um socialismo integral de estado: terrorismo de funcionários, fortíssima limitação da ação individual, progressiva interferência estatal, pesadas taxações».
Perseguições de Galério em nome de Diocleciano
Os primeiros vinte anos do reino de Diocleciano não molestaram os cristãos. Em 303, como um golpe de cena, desencadeou-se a última perseguição contra eles. «É obra de Galério, o "César" de Diocleciano», escreve F. Ruggiero. «Ele pôs fim em 303 à política prudente de Diocleciano, que se abstivera, embora nutrisse sentimentos tradicionalistas, de atos intransigentes e intolerantes». Quatro editos consecutivos (fevereiro de 303 - fevereiro de 304) impuseram aos cristãos a destruição das igrejas, o confisco dos bens, a entrega dos livros sagrados, a tortura até à morte para quem não sacrificasse em honra do imperador.
Como sempre, é difícil determinar os motivos que levaram Diocleciano a aprovar uma política do gênero. Pode-se supor que tenha sido objeto de pressões por parte de ambientes pagãos fanáticos, que estavam por detrás de Galério. Numa situação de "angústia difusa" (como diz Dodds), só o retorno à antiga fé de Roma poderia, segundo Galério e seus amigos, unificar o povo e persuadi-lo a enfrentar tantos sacrifícios. Era preciso retornar às vetera instituta, isto é, às antigas leis e à tradicional disciplina romana.
A perseguição atingiu a sua máxima intensidade no Oriente, especialmente na Síria, Egito e Ásia Menor. A Diocleciano, que abdicou em 305, sucedeu como "Augusto" Galério, e como "César" Maximino Daia, que se demonstrou mais fanático do que ele.
Só em 311, seis dias antes de morrer de câncer na garganta, Galério emanou um irritado decreto com que detinha a perseguição. Com o decreto (que marcou historicamente a definitiva liberdade de ser cristão), Galério deplorava o obstinação, a loucura dos cristãos, que em grande número se tinham recusado a retornar à religião da antiga Roma; declarava que perseguir os cristãos tornara-se inútil; e exortava-os a rezar ao próprio Deus pela saúde do imperador.
Comentando o decreto, F. Ruggiero escreve: «Os cristãos foram um inimigo extremamente anômalo. Por mais de dois séculos Roma tinha procurado assimilá-los ao próprio tecido social… estavam fisicamente no interior da civitas Romana, mas por motivos diversos eram-lhe estranhos»; tinham finalmente determinado «uma radical transformação da própria civitas em sentido cristão».
A profunda revolução
As últimas perseguições sistemáticas do terceiro e quarto séculos resultaram ineficazes como aquelas esporádicas do primeiro e segundo séculos. A limpeza étnica invocada e apoiada pelos intelectuais greco-romanos não fora realizada. Porque?
Porque, à distância, as acusações indignadas de Celso resultaram o melhor elogio aos Cristãos: «recolhendo gente ignorante, pertencente à população mais vil, os cristãos desprezam as honras e a púrpura, e chegam até mesmo a chamar-se indistintamente de irmãos e irmãs».
O apelo à dignidade de toda pessoa, mesmo a mais humilde, a igualdade diante de Deus (o ponto mais revolucionário da mensagem cristã) tinha feito silenciosamente o seu caminho na consciência de tantas pessoas e de tantos povos, que os Romanos tinham relegado a posições miseráveis de nascidos escravos e de lixo humano.
As perseguições só se encerram totalmente depois do edito de Constantino I, em 321D.C..
Fontes: Santo Vivo.net / Wikipédia / Catacombe.Roma.it
osenhor jesus foi persiguido e agora todos nos que cremos em jesus como salvador,muitas vezes tambem samos persiguidos de alguma forma,mas ha alguns que pagam com sua propria vida ,mas tambem jesus vem buscar para ir para o paraiso celestial...
ResponderExcluirÓtima matéria
ResponderExcluirA religião percebida como um instrumento político é bem diferente de quando é percebida como um instrumento de aperfeiçoamento moral. A tendência é que ela seja apreciada preferencialmente pela segunda possibilidade. No entanto, é sob o ponto de vista secular que faço essa reflexão a respeito da origem do cristianismo. Conheça um pouco mais a respeito da maior farsa histórica de todos os tempos. Visite a página do livro A Origem do Cristianismo em Reflexão, no Facebook:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/aorigemdocristianismoemreflexao?ref_type=bookmark
E adquira o seu exemplar em:
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1702&idProduto=1734
me ajudou muito.eu tava precisando dessa pesquisa de historia.
ResponderExcluirSeu texto é muito bom, embora esteja com vários erros gramaticais que mereciam uma revisão, e principalmente por tendenciosismo católico; veja bem, Roma nunca teve 1 religião, todo seu território tinha todo tipo de gente e crenças, a limpeza étnica não faz sentido, pois inúmeros povos faziam parte do império! Os cristãos que sofreram perseguição foi em sua maior parte por causar danos ao império (ainda que em pequena escala, como desordem pública e o desrespeito à fé alheia, que era pagã; os próprios pagãos que se tornaram cristãos primeiro, os próprios gregos = gentios). Tudo para os cristãos que fugia da fé deles (assim como hoje) era demonizado; se pensar como os romanos viam a fé deles, faz sentido ser considerada uma fé maléfica: o velho testamento implica um deus de guerra, infanticida, misógino e cruel, que escolhe um povo e elimina/exclui/mata todos os outros, depois encarna como humano para morrer pelos seu e somente os seus, depois ressuscita perdoando a todos... o que tem de mais estranho nisso é que não se falava em inferno antes de cristo mas depois dele e sua redenção e perdão, surge o apocalipse! Não faz sentido mesmo! Repense a palavra cristão. O que ela significa? Seguidor/imitador de cristo, isso é, ser também um mártir, era uma honra morrer por cristo, pois estariam eles sendo salvos, hoje temos fanáticos homens bomba que pensam em paraíso com deleites e 70 virgens para cada um... não é ão diferente... ambos são fanatismo.
ResponderExcluirQuanto à correcado gramatocar não faço alusão mas no que diz respeito ao tendecionismo catolicom acho que a senhora deveria calar a boca diante do registro da própria história. Quem não sabe ler a história é a senhora.
ExcluirQuanto à correcado gramatocar não faço alusão mas no que diz respeito ao tendecionismo catolicom acho que a senhora deveria calar a boca diante do registro da própria história. Quem não sabe ler a história é a senhora.
ExcluirTaty parabéns por sua crítica. Muito bem centrada e nas não foi tendenciosa.
ExcluirVocê cita os cristãos por "morrerem pelo seu deus" e fala que é isso que os muçulmanos fazem hoje em , porém, o que você nao percebe é que ,diferente dos muçulmanos, nenhum cristão pegava uma faca e matava cidadãos romanos para mostrar sua fé , ou incendiava construções e templos de outras religiões, eles apenas eram contra a adoração do imperador e dos cultos romanos , porém nao se tem nenhum relato histórico ( se conhecer algum me mande) que diz sobre cristãos fazendo atentados ou matando pessoas porque eram contra sua fé , você confunde cristianismo primitivo com o cristianismo da idade média e o protestantismo,os cristãos eram mortos nao porque eles faziam atentados mas apenas por serem cristãos e nao aceitaren o imperador romano , logo é completamente sem sentido comparar um louco muçulmano que mata pela sua fé com um cristão do século 2 que era queimado vivo apenas por nao aceitar a ideia de um imperador , tal comparação nao tem sentido
ExcluirSe a fé nunca dependeu da história, porque fazem tanta questão desta última? Por que insistem em preservar essa bruma que envolve os primeiros séculos do cristianismo? Não devia ser assim. No entanto, quando fazemos uma aproximação dos fatos com fatos e não com ideias, é possível outra conclusão.
ResponderExcluirhttp://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
Por que insistem em preservar essa bruma que envolve os primeiros séculos do cristianismo? simples, ele é a origem de quase todo crente no mundo ocidental, suas raízes e costumes, suas superstições, até mesmo leis q regem quase todo mundo civilizado é baseado nisso, já ouviu falar q se deve jurar pela bíblia qnd vai testemunhar num júri? como se aquela fosse a verdade absoluta e incontestável, e é a bíblia toda q é usada no juramento, não só as partes benéficas de um deus bonzinho e justo. Honestamente, não entendi o resto de seu comentário, quais seriam essas outras conclusões? E quem disse q fé nunca dependeu da história? ficou louca? quem hoje venera zeus ou júpiter? essas coisa já passaram, não têm mais espaço.
ResponderExcluirA Igreja Católica é contrária às superstições. Isso é pecado para nós. Não seguimos superstições moça
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirtudo o q dizem: Jesus disse isso, Jesus disse aquilo... nada disso pode ser comprovado, pois o q foi escrito, foi escrito depois q ele já havia morrido há décadas, nem mesmo a maioria das pessoas q o ouviram não estavam mais vivas. Constantino viu no cristianismo uma forma de política muito eficiente, ele prega a pobreza e a humildade de bens materiais, correto? então o povo teria q ser pobre p/ agradar deus... qualquer um q contestasse as santas escrituras, iria pagar muito caro... isso q é imperador esperto! p/ mim, e isso nunca vai mudar, Jesus foi um grande homem, cheio de bondade, mas só, ele não era o filho de Deus, nem nada disso, o cristianismo é só mais uma das muitas formas de controle de massas, simples e cruel, mas eficiente.
ResponderExcluirKkkkkkk já que o que Jesus falou não tem valor e não pode ser comprovado porque foi escrito quando ele já tinha morrido, entao você perde tempo ao acreditar em fatos históricos, porque toda historia é feita quando o que existe deixa de existir. Sendo assim ninguém que não viveu na época estudada também não pode provar nada, quando estudam imperadores? Kkkk burrisse sua querida
ExcluirPerfeita sua colocação!!!
ExcluirQuem escreveram o Novo Testamento foram apóstolos ou aqueles que escutaram os apóstolos. O cristianismo (e aqui se entende como catolicismo romano, pois eles já se consideravam assim nas perseguições) em seus primórdios não conhecia uma ideia de Sola Scriptura. Eles tinham e continuam a ter um tripé na revelação divina:Sagrada Tradição, Sagradas Escrituras, e Sagrado Magistério. Constantino não tornou a religião oficial no império, ele deu liberdade no édito de Milão em 313. O cristianismo só se tornou livre.
ExcluirQue Ele te convença que Ele é Filho de Deus
ExcluirJesus ama vocês, todos vocês, se ele não morresse por nós, se fosse apenas um homem, por que ele não deixou que seus discipulos o defendessem?
ResponderExcluirPor que Isaias e outros profetas disseram tudo o que ia acontecer com Jesus, se ele não era o Filho de Deus? "Examinai as escrituras"
Ele morreu por você. Pense nisso
Só pq alguém escreveu isso de 'Escrituras', não significa que eu tenho que acreditar, se assim fosse, eu posso escolher acreditar em todas as 'Escrituras' espalhadas p/ aí, algumas inclusive mais antigas.
ResponderExcluirEntenda: Jesus foi apenas um homem bom e sábio, mas só isso, eu não tenho dívidas para com ele, nem ninguém tem; ele não é filho de Deus, era só um ser humano.
Que falta de fé.Creia mulher.
ExcluirQue falta de fé.Creia mulher.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirQuem vai te convencer não será eu moça. Deus É e sempre Será você querendo ou não. Jesus continua sendo Filho de Deus a senhorita querendo ou não.
ExcluirClaro que os Cristãos não adoravam e nem se prostravam diante do imperador, pois na bíblia fala que um dos mandamentos do Senhor é: Não adorem a nenhuma imagem de escultura, adorem só a Deus. Jesus é o REI!
ResponderExcluirClaro que os Cristãos não adoravam e nem se prostravam diante do imperador, pois na bíblia fala que um dos mandamentos do Senhor é: Não adorem a nenhuma imagem de escultura, adorem só a Deus. Jesus é o REI!
ResponderExcluirlouvado seja o Senhor nas alturas.Rei dos reis, Senhor dos senhores. Que a misericórdia dele continue nos alcançando, e que seu amor infinito não se retire de todos nós. A palavra de Deus nunca vai passar ou sair de moda. Ela está na boca do são ( quem não acredita e blasfema contra ela) e na boca do louco ( nós, nação eleita..que professamos a fé)...Só se dê uma chance. Use sua inteligência em prol e não contra, só por um instante. Deus é educado e bate à porta, atenda uma vez só. E ele se encarregará de te mostrar, não dizer, que ele é o Deus que você não entende.
ResponderExcluirQuais os resultados positivos e negativos com o fim das perseguições imperais?
ResponderExcluirJesus era um judeu que lutava pelo judaísmo e achava que as outras facções de judeus estavam se desvirtuando do verdadeiro judaísmo. Os judeus rivais (fariseus) fizeram os romanos matarem ele, e ele virou mártir, mas duvido muito que ele pensava em fundar uma nova religião.
ResponderExcluirComo os judeus nada podiam fazer contra os ocupantes romanos, decidiram usar a história e ensinamentos de Jesus ao seu favor, se esforçaram para transportar esse culto na sociedade romana. Coisas como ''igualdade'', ''amar a todos'' e demais características cristãs são ótimas se vc quer destruir um povo, os romanos sabiam que isso era uma vingança contra eles, mas acabou saindo fora de controle e o resto é história.
O cristianismo é uma farsa, é um fato que não tem nada sobre a intenção de Cristo fundar uma nova religião e as coisas que sabemos sobre ele foram passadas por pessoas que mal tiveram contato com o mesmo. Até sua história mítica é bem similar a de outras religiões anteriores, e o Cristianismo adotou muitas coisas dos paganismos. É uma religião que fazia sentido para os judeus daquele tempo e para as classes mais pobres e ignorantes de Roma como válvula de escape, hoje não tem qualquer sentido tentar preservar esse culto semita.
Farsa na cabeça do senhor. Os apóstolos viveram com Jesus, temos o túmulo de São Pedro por exemplo. Há uma extensa tradição expressa pelos escritos da patrística. Discípulos dos apóstolos que os conheceram fizeram outros, que fizeram outros e assim por diante. Cristianismo não é invenção. E o catolicismo romano pelo menos não tomou nenhum paganismo, isso é atestado pela tradição expressa em achados arqueológicos e escritos dos Santos Padres(patrística) por exemplo
ExcluirO engraçado é que o império romano fez tanta coisa ruim no passado,e ainda assim TODO MUNDO continua fazendo as mesmas coisas que se faziam nessa época:
ResponderExcluirAdorar deuses,celebrando festas como o Natal,carnaval,páscoa,corpus cristi,....
Um exemplo disso foi na semana santa,em que TODAS AS RELIGIÕES,sentem medo de comer carne bovina,sem saber seu real motivo.
TODO MUNDO está seguindo os mesmo costumes criados na Babilônia e remodelados no império romano.
Os deuses são os mesmos,os costumes são os mesmos,a cultura é a mesma.
O sistema político-religioso é o mesmo, e estão todos presos nessa arapuca.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirA abstinência de carne(e não é só a bovina) é um mandamento da Igreja, que recebeu esse poder, sobretudo na pessoa de São Pedro, o primeiro bispo de Roma, ou seja o primeiro Papa(São Mt 16:15-20). O Evangelho sempre exorta que devemos praticar penitência. "Fazei penitência e crede no Evangelho". A Igreja obriga seus fiéis a praticarem abstinência de carne em TODAS AS SEXTAS-FEIRAS do ano, com exceção de certos dias mas muita gente nem sabe . O dia de Corpus Christi é uma festa instituída na Idade Média (com autoridade do Papa, sucessor de Pedro), festa essa dedicada ao Corpo de Cristo. Jesus diz no Evangelho que Ele é o Pão da Vida, que a Eucaristia (O Pão e o Vinho consagrados) é verdadeiramente seu Corpo e seu Sangue, não é uma simbologia.
ExcluirE outra coisa, para quem estiver lendo: até a Bíblia é resultado e filha da Igreja Católica. foram bispos e papas católicos que preservaram pela Sagrada Tradição as Escrituras até se se reunirem em concílios para reunir as mesmas Escrituras na Bíblia. Os cristãos sempre tiveram a Sagrada Tradição, a Bíblia e o Magistério como fontes de revelação divina. E o que não está explícito da Bíblia está explícito na Tradição Sagrada que recebemos dos apóstolos (II Telassonicences 2:15 , II Telassonicences 3:6). A Tradição e a palavra de Deus transmitida pelos apóstolos aos seus discípulos que fizeram discípulos e assim por diante. Qualquer bispo católico tem uma linha sucessória de "discipulado" com algum apóstolo, é algo sucessório. Não sei se o rapaz disse no blog, mas já na época das perseguições tinha a lista de papas, ou seja os bispos de Roma, os cristãos já faziam imagens, pediam a intercessão dos santos e anjos, já batizavam crianças, já tinham a hierarquia:Bispos, padres e diáconos (com o Papa tendo uma prerrogativa) etc e etc...
tem toda razão! a cultura continua a mesma coisa, o jeito é escapar dela se iluminando, pois tudo isso é a matrix, uma ilusão!
ResponderExcluirObrigada taty
ExcluirWuem é chrestos
ResponderExcluirQuais foram os 5 tipos de torturas realizadas na roma antiga contra os cristão?
ResponderExcluirOi Taty...
ResponderExcluirAmo vc!
Pecebo que não teve um encontro com o SENHOR. Suas posições são meramente racionais.
A ressureicão é um FATO, e a base do Cristianismo. Cristo morreu para pagar os nossos pecados e reconciliar-nos com Deus, se , tão somente creres Nele. Cristo venceu a morte quando ressuscitou,e Nele temos plena certeza e paz que ocorrerá da maneira que Ele falou.
E como vc é uma boa historiadora. Pesquise os Túmulos de TODOS os lideres de Religiões, ou homens bons e éticos. Aproveite e passe também em Jerusalém...porém irás encontrar vazio.
abçs!
Taty, não concordo que Roma não tinha uma religião, tinha sim, só que politeísta e não monoteísta os cristãos. Os romanos temiam as divindades, porém, era comum os imperadores se autodenominarem deuses e exigirem culto à sua personalidade, o que os cristãos não admitiam, porque somente adoravam a seu Deus único.
ResponderExcluirE também não concordo que as perseguições deram-se devido a vandalismos ou comportamentos ilegais dos cristãos, mas simplesmente por sua fé, que era diferente o politeísmo romano.
Os cristãos foram desumanamente presos, torturados e assassinados pelas autoridades romanas, como também eram os prisioneiros de guerra e os escravos. Era uma sociedade desumana, despótica, cruel. Infelizmente essa vil característica da humanidade, durou milênios, séculos e, talvez, hoje, possamos nos vangloriar de vivermos em uma sociedade, em tese, "mais humanizada".
Cleverton, você sugere em seu texto que os líderes religiosos, homens bons e éticos ressuscitaram, mas e os demais cristãos? Também não ressuscitaram?
ResponderExcluirOdiei isso com todas as minhas forças
ResponderExcluirO que pratica o bem, o obediente, não guerreia contra o transgressor da santa lei de Deus. EGW
ResponderExcluiraqueles que não respeitam a lei de Deus oprimem e perseguem outras pessoas. Seguem o seu líder, que é o acusador de Deus.EGW
ResponderExcluirFiquei triste com todos comentários que eu li
ResponderExcluir