terça-feira, 19 de outubro de 2010

Relações entre Romanos e Bretões

O objetivo deste artigo é refletir sobre as relações sociais, econômicas e culturais empreendidas entre os romanos e os bretões, nas fronteiras da Bretanha. Esta reflexão terá como
base as obras “Vida de Agrícola” de Tácito e “Comentários
sobre a Guerra da Gália” de Júlio César.



Estátua de Agrícola em Bath, Inglaterra. Agrícola foi
responsável por boa parte da conquista da Bretanha.

No período republicano, a Cidade-Estado de Roma travou inúmeras batalhas, tentando manter sua hegemonia na região do Lácio e procurando expandir seus domínios políticos e econômicos para outras regiões banhadas pelo Mediterrâneo. Ao longo de séculos, os romanos foram construindo o seu Império. Segundo Norma Musco Mendes, Roma foi levada, inicialmente, à conquista por necessidades vitais, entre elas destacando-se as questões da defesa nacional, da necessidade de obtenção de terras, e da manutenção de pontos comerciais e estratégicos importantes; e os interesses da aristocracia pelos recursos provinciais. Havia também mecanismos ideológicos importantes, tais como o patriotismo e a necessidade de glória militar, indispensáveis para a obtenção da dignidade e da autoridade (Mendes, 1988: 42), e para a ascensão no cursus honorum, no caso dos magistrados republicanos.

Já para Paul Veyne, Roma encarnava uma forma arcaica, não de imperialismo, mas de isolacionismo. Para este autor, Roma negava a pluralidade das nações e comportava-se como se fosse o único Estado na plena acepção da palavra. Os romanos não procuraram uma semi-segurança, comum no dia-a-dia, em equilíbrio com outras cidades, mas sim tentaram implementar uma tranqüilidade total e absoluta, fazendo por encontrar de uma vez para sempre a segurança definitiva. Tamanha ambição levou-os a conquistar todo o horizonte humano, até os seus limites conhecidos, até o mar e os bárbaros, para ficar enfim sozinha no mundo, quando tudo tiver sido conquistado. Para Veyne, o que Roma queria era conseguir para si uma segurança total e definitiva, deixando outros povos na total insegurança dos dominados (Veyne, 1989: 12-13).

Apesar de polêmica, esta afirmação de Veyne é bastante interessante, pois inverte toda a concepção que se construiu a respeito das ações bélicas dos romanos. Ao invés de um povo fundamentalmente prático e bélico, Veyne os apresenta como um povo que procurou a segurança e a paz final mediante a realização de combates e batalhas constantes.

Segundo Norberto Luiz Guarinello, ao se analisar o imperialismo romano, vários fatores devem ser destacados. Em primeiro lugar, deve-se atentar para a relação existente entre guerra e cidadania. A expansão teve sempre caráter coletivo e colocou em oposição cidadãos a não-cidadãos, a estrangeiros, a povos diversos e diferentes dos romanos (Guarinello, 1987:11). Em segundo lugar, havia as questões econômicas envolvidas no processo. Buscavam-se riquezas imediatas, com as pilhagens e os saques, e as riquezas a longo prazo, com a tributação fixa e com a obtenção de territórios, proporcionando rendas estáveis à Cidade-Estado dominante (Gurinello, 1987:12). Em terceiro lugar, havia as questões políticas, mediante o necessário aliciamento das aristocracias locais. Havia também aspectos religiosos importantes, pois as batalhas contra estrangeiros e inimigos eram sempre apresentadas como uma reparação de uma injustiça ou dano cometidos contra o povo romano, como a recuperação de algo perdido, e não como uma conquista ou saque, objetivando um ganho consciente e imotivado, construindo-se, assim, uma justificativa moral e um arcabouço ideológico para explicar as conquistas e seus conseqüentes ganhos materiais (Guarinello, 1987:39-44).

Deste modo, nesta fase republicana e de conquistas constantes, o povo romano foi entrando em contato com etnias muito diversas. Entre estes povos, ressaltamos o caso dos Bretões, ou seja, povos que habitavam a região que os romanos chamavam de Bretanha. Antonio da Silveira Mendonça, tradutor das obras de Júlio César para o português, prefere chamá-los de Britanos, ao invés de Bretões, visto que traduziu o nome do território ocupado por eles como Britânia e não como Bretanha, fazendo uma analogia com a tradução de Germânia/Germanos. Denominados de Bretões ou Britanos, são dos povos que ocupavam a região atualmente pertencente, em sua maior parte, à Inglaterra sobre os quais queremos falar neste trabalho.

Para conhecê-los um pouco melhor, devemos analisar as informações que os romanos, os conquistadores, nos forneceram sobre eles. Para tanto, utilizamos as obras “Vida de Agrícola” de Tácito e “Comentários sobre a Guerra da Gália” de Júlio César, nas quais aparecem referências aos Bretões.

A “Vida de Agícola” foi composta por Tácito em 98 d.C. e trata-se de um misto de elogio fúnebre, feito a Agrícola, emérito magistrado e sogro de Tácito, e de obra de História. Agrícola foi Cônsul e Governou a Bretanha sob o governo de Domiciano. Segundo Tácito, saiu-se tão bem neste governo que acabou gerando inveja no Imperador, que teria afastado-o dos negócios públicos e até mesmo levanta a suspeita de Agrícola ter sido envenenado (Tácito, 43). Este texto é considerado uma de suas obras menores, e já aparece em seu interior uma certa preocupação “etnográfica” em descrever usos e costumes de povos diversos dos romanos, preocupação esta que terá seu ápice na produção da “Germânia’. Ao divulgar a vida do sogro, Tácito se preocupa em descrever características dos povos com os quais Agrícola teria entrado em contato durante seu governo na Bretanha, e assim aparecem os Bretões na narrativa.

Já a obra de Júlio César é anterior a de Tácito. Foi escrita e divulgada em plena época das Guerras Civis em Roma, quando esta estava deixando de ser uma Cidade-Estado e passando a se constituir como um Estado-Império. No seu primeiro Consulado, em 59 a. C., César dominou a cena política. Contudo, para aumentar sua dignitas, era necessário alcançar a glória militar, mediante a realização de campanhas vitoriosas contra povos inimigos dos romanos. Nas batalhas, César poderia demonstrar toda a sua capacidade estratégica e toda a sua coragem e virilidade, isto é, toda a sua virtus. E pela expressão prática da virtude, ele poderia aumentar a sua fama ou existimatio (prestígio, honra), e assim conquistar mais autoridade e poder de comando (Yavetz, 1990: 241-256).

Desta maneira, ao término de seu primeiro consulado e a contragosto do Senado, que queria lhe atribuir o comando de uma província mais inexpressiva, coube-lhe a Gália e o Ilírico. Ao político César estava aberta a grande temporada das armas, com o poder sobre um grande exército e onde poderia resplandecer a sua bravura (Mendonça, 1999:24). Nesta empreitada, a Gália foi submetida, tributos foram exigidos e populações inteiras foram escravizadas. Empolgado com a conquista da Gália, que ele mesmo descreveu em sua obra De Bello Gallico, César lança suas topas sobre a Germânia e sobre a Bretanha, levando os estandartes das legiões romanas a tremularem pela primeira vez nestas regiões. E também entrando em contato com as etnias que ocupavam os lugares invadidos.

De acordo com Antonio da Silveira Mendonça, tanto o De Bello Gallico quanto o Bellum Civile se enquadram numa subclasse da historiografia romana chamada commentarius. Em latim, o termo, vinculado etimologicamente a mens, teve o sentido de livro de reflexões, caderno de apontamentos, lembrete, diário, texto escrito ao correr da pena, conciso e destituído de ornamento. Na historiografia latina passou a significar registro condensado e autobiográfico, destituído de preocupação estética, feito por políticos e generais para servir de assunto e matéria-prima a ser reescrita e elaborada artisticamente por historiadores (Mendonça, 1999: 27).

Com efeito, os Comentários sobre a Guerra da Gália, qualquer que tenha sido sua forma de veiculação – volante, relatório ao Senado, livro – foram de importância decisiva para a divulgação dos feitos de César na Gália, na Germânia e na Bretanha, para lograr, mesmo a contragosto do Senado, solenidades públicas de agradecimento aos deuses. Nesta narrativa, ainda, perpetuavam-se, visando a posteridade, os feitos e as virtudes de Júlio César, enquanto Governador da Gália.

Apesar de distantes no tempo, as duas obras analisadas têm pontos em comum. Foram escritas para relatar ações de governadores à frente da Bretanha; narram várias características dos povos Bretões, no intuito de explicar os problemas e as vicissitudes enfrentadas pelos governadores; e para enfatizar as virtudes dos romanos, ressaltam as qualidades dos Bretões.

Os romanos são mostrados como extremamente poderosos exatamente porque são capazes de dominar pela inteligência das táticas e pela força das armas inimigos também poderosos. Os Bretões, em ambas as narrativas, são descritos como uma etnia que se recusa a se render, além de serem apresentados como valorosos e corajosos combatentes.

Esta técnica retórica de se superestimar os povos com os quais se entrava em combate, visando fortalecer a imagem construída acerca dos próprios romanos, era bastante antiga, e remontava aos escritos das poleis gregas. Como comenta José Antonio Dabdab Trabulsi, na obra de Heródoto, intitulada “História”, já os bárbaros eram o espelho no qual ele via o mundo grego (Trabulsi, 2001:60). Os escritores romanos se utilizaram dos mesmos artifícios, isto é, construíram sua imagem a partir da imagem que construíam dos outros povos com os quais entravam em contato.

César entrou em contato com os primeiros Bretões ainda na Gália. Segundo ele, os Bretões dominavam técnicas marítimas e tinham, pelo mar, chegado ao território que pertence hoje à Bélgica e ao norte da França. Ali, infligiram a guerra aos povos autóctones, ganharam as batalhas e começaram a cultivar os campos (César, 12.1). Portanto, os Bretões foram identificados como povos imperialistas, como os romanos, visto que se preocuparam em expandir o seu território e em conquistar as riquezas alheias.

Quando chegou à Bretanha, César encontrou povos que, segundo seu relato, detinham hábitos não muito diferentes dos gauleses (César, 14.1):

“A maioria dos interioranos não semeiam cereais, mas vivem de leite e carne, vestidos de peles. Todos os Bretões, porém, se pintam com um pastel que produz uma cor azul, e têm por isso aspecto bem horrível na guerra. São de cabelos compridos e corpo todo raspado, exceto a cabeça e o lábio superior. Cada dez ou doze têm, entre si, esposas comuns, principalmente irmãos com irmãos, pais com filhos. Os nascidos destes, se os houver, são tidos como filhos daqueles a quem foi cada virgem entregue primeiro” (César, 14.1-5).

Desta forma, percebe-se como os Bretões se diferenciavam em seus costumes dos romanos. São vistos com estranheza, mas deviam ser estudados e conhecidos para serem vencidos com mais facilidade. Devia-se conhecer profundamente os hábitos dos inimigos para se poder superá-los. Eram estranhos aos olhos romanos, mas fortes, e por isso lutar contra eles, e vencê-los, era uma atitude que aumentava a dignidade e a fama dos contendores.

Este estranhamento inicial também aparece na obra de Tácito. Segundo este, a Bretanha era uma província violenta (Tácito, 8), na qual os veteranos eram trucidados, as colônias incendiadas, os exércitos sofriam grandes perdas, e na qual os legionários tinham que lutar primeiro pela salvação e depois pela vitória (Tácito, 5). Para controlar uma situação tão delicada, o Senado teria que mandar um homem honrado e valoroso, que dependendo de sua conduta à frente desta província poderia voltar ainda mais honrado e prestigiado. Este foi, para Tácito, o caso de Agrícola. Ele fortaleceu seu caráter, aumentou sua dignidade e demonstrou suas virtudes nas batalhas contra os Bretões.

Segundo Tácito, foi Agrícola o responsável por finalizar a conquista da Bretanha, iniciada por César (Tácito, 10). Conquista esta, que na realidade, nunca se efetivou por inteiro, tanto que no governo de Adriano, este imperador, para conter as hordas de Bretões não pacificados, se viu impelido a construir a sua famosa muralha na Bretanha.

Em termos físicos, Tácito retratou os Bretões como possuidores de espessas cabeleiras e de grande altura. Eram homens de grande audácia no provocar os perigos e seriam mais bravos do que os gauleses, “como quem não foi ainda amolecido por uma longa paz” (Tácito, 11):

“Sua força está na infantaria; alguns grupos lutam de carro; o mais nobre guia, os dependentes, combatendo, o protegem. Em outros tempos, obedeciam a reis; agora se repartem por chefes, segundo as facções e preferências. E, ao defrontarmos povos tão valentes, nada nos é mais útil do que não tomarem decisões comuns” (Tácito, 12).

Os romanos colocavam, assim, em prática a antiga máxima do dividir para dominar. E era interessante conquistar a Bretanha, pois, apesar do clima ser áspero, o solo era bom para a agricultura e a pecuária e encontravam-se em seu território ouro e prata, além de outros metais (Tácito, 12).

A importância de um bom governador para a província foi destacada ainda mais na obra, quando Tácito afirma que:

“Os Bretões obedecem sem dilação a recrutamentos, tributos e encargos impostos por nossa ordem, contanto que não haja injustiças; a estas dificilmente as toleram, já bastante dominados para que obedeçam, mas não ainda para que sirvam” (Tácito, 13).

Os Bretões estavam em contato com os romanos desde a chegada de Júlio César, portanto, desde o período republicano. Várias fortificações já tinham sido construídas e tropas lá se encontravam estacionadas. Colônias tinham sido fundadas e acampamentos erguidos. Veteranos estavam instalados com suas famílias. Porém, o equilíbrio destas trocas culturais, comerciais e políticas dependia da eqüidade e da justiça garantidas pelas ações dos governadores, os representantes de Roma na província.

Alguns chefes Bretões foram obrigados a mandarem seus filhos para serem instruídos pelo próprio Agrícola nas artes liberais e na língua romana. Aprenderam a usar a toga e a freqüentarem os banhos e os festins. Nas palavras de Tácito, “passava por cultura o que na realidade era parte da servidão” (Tácito, 21). Também é perceptível que muitas vezes os romanos lançavam uma etnia contra a outra. Há a descrição de batalhas nas quais Germanos foram recrutados para lutarem contra os Bretões (Tácito, 28; Tácito, 36). E há relatos também de Bretões pacificados recrutados para lutarem contra grupos Bretões ainda não pacificados (Tácito, 29). Era uma maneira de enfraquecer os bárbaros, fazendo-os usarem suas potencialidades e energia bélicas em lutas entre si e de dividi-los ainda mais, para dominá-los mais facilmente, e também de salvaguardar a vida dos cidadãos romanos. Como enfatiza Tácito: “os defeitos dos inimigos trazem glórias para os nossos exércitos” (Tácito, 32).

Os romanos se organizavam mais e melhor para enfrentarem um inimigo tão poderoso. Nas palavras de Tácito, “só a vista dos exércitos romanos já punha estupefactos os Bretões”(Tácito, 25).

Nos oito anos que passou na Bretanha, Agrícola escreveu várias cartas para Tácito. Foi de seu conteúdo que ele se serviu várias vezes para retratar os Bretões (Tácito, 39). Agrícola reclamava sempre que os Bretões conheciam as terras nas quais lutavam melhor do que os romanos, e que por isso venciam muitas batalhas (Tácito, 33). Ao final das contendas:

“Os Bretões, dispersos, e misturando os lamentos de homens e mulheres, lavavam os feridos, chamavam os ilesos, abandonavam suas casas ou eles mesmos as incendiavam, raivosos, e escolhiam esconderijos que logo abandonavam. (...) Bem se sabia que sacrificavam suas mulheres e seus filhos se a perda era iminente, como que por piedade” (Tácito, 38).

Os Bretões eram tão valorosos, apesar de bárbaros, que preferiam a morte de seus parentes a vê-los se tornarem escravos dos romanos. Agrícola teria ressaltado, inclusive, que os exércitos romanos deveriam combater os inimigos externos, deixando as questões internas para os políticos, pois “nunca se deveriam imputar aos exércitos ou as demoras das guerras ou as causas das rebeliões” (Tácito, 34).

A imagem que Tácito construiu para o sogro é a do governador ideal, contrastando-a com a crueldade dos Bretões. Agrícola tinha chegado mesmo a diminuir o tamanho de sua própria casa na Bretanha, para controlá-la melhor. Evitava luxos para se concentrar nas questões de defesa do território. Não tratava de assuntos públicos por intermédio de libertos e escravos. Cercava-se de bons e valentes centuriões e soldados, que conseguiam sua atenção por seus atos e não por seus favores. Perdoava as pequenas faltas e era severo com as grandes falhas. À frente dos cargos administrativos, colocava os que não prevaricassem. Abrandava, pela eqüidade das obrigações, a cobrança de trigo e de tributos dos Bretões (Tácito, 19). E conseguia, deste modo, fortalecer a sua liderança frente às legiões estacionadas na Bretanha e acalmar os Bretões. Sua imagem de governador justo e clemente se adequava às suas ações, na visão de Tácito.

Por tudo isso, tinha despertado a ira e a inveja de Domiciano. Para Tácito, quem realmente mandava na Bretanha era Agrícola (Tácito, 39), e isto era inadmissível para um mau imperador, como Domiciano, que determinou que Agrícola deixasse seu governo na Bretanha e retornasse imediatamente a Roma. Como indica Tácito, “tantos foram os exércitos perdidos na Mésia, na Dácia, na Germânia e na Panônia (por Domiciano) (...) que corria de boca em boca o pedido de que tomasse Agrícola o comando” (Tácito, 41). No embate com os Bretões, Agrícola tinha mostrado o seu valor e aumentado a sua dignidade a ponto de incomodar o soberano. Os rumores tornavam Agrícola um elemento perigoso para a manutenção do poder de Domiciano.

Após a morte de Agrícola, Tácito escreveu seu elogio fúnebre, enfatizando que Agrícola deveria ser venerado pela admiração e imitado sempre que possível (Tácito, 46), porque, ainda segundo Tácito, “as imagens, exatamente como a face humana, são fracas e mortais, porém a beleza de espírito é eterna e pode ser expressa não por alheia matéria ou arte, mas pela própria maneira de se proceder” (Tácito, 46).

Portanto, ao descrever os costumes e as características particulares dos inimigos de Roma, como é o caso dos Bretões, os dois autores antigos, aqui rapidamente analisados, buscaram enfatizar as qualidades dos romanos. Quanto mais forte e cruel o inimigo, melhor precisariam ser aqueles que se propunham a derrotá-los. Os romanos tiveram que aprender na prática a lidar com etnias diferentes da sua, com povos cujos costumes se diferenciavam dos seus. E seus escritores usaram esta diferença para legitimarem as ações dos próprios romanos.

.:: Ana Teresa Marques Gonçalves
www.unicamp.br


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