quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Batalha de Aquae Sextiae (Aix)

A Batalha dos aquae Sextiae ocorreu em 102 ac em Aquae Sextiae (Aix), ao norte de Massilia. Batalha na qual os Romanos sob o comando do general Mario derrotaram a tribo dos Teutões.


General Gaio Mario


Depois de derrotarem os Romanos na Batalha de Arausio em 105 a.C., a ameaça bárbara diminuiu temporariamente, proporcionando a Mário a oportunidade de levar a cabo uma reforma sistemática da organização, treino e equipamento do exército romano.

Os cimbros e os teutões farão a sua reaparição em 102. Na Hispania, os cimbros haviam deparado com forte resistência da parte dos celtiberos. Abandonando o país, dirigem-se para o norte da Gália, ao encontro dos teutões. Também ali os invasores depararam com a resistência dos autóctones, chegando mesmo a serem rechaçados pelas tribos belgas.

Marchando de novo para sul, os teutões dirigem-se para o Ródano, os cimbros em direcção aos Alpes orientais.

Mário, então em Roma, apressa-se a regressar para junto do seu exército. O outro cônsul de 102, Quinto Lutácio Catulo, esperará os cimbros na Cisalpina.

A batalha

Mário posiciona-se sobre o Ródano, próximo da confluência com o Isère, num campo fortemente entrincheirado (outras versões dizem que bem mais a sul, na confluência do Ródano com o Druência (Druentia; actual Durance)).

Durante três dias, os teutões tentam em vão o assalto ao acampamento romano. Depois de sofrerem grandes perdas retomam a marcha para sul.

Mário deixa-os afastarem-se. Em seguida levanta o campo e, a marchas forçadas, por caminhos secundários, ultrapassa a horda, detendo-se em Aquae Sextiae (Aix), ao norte de Massilia. Os romanos estabelecem o seu acampamento junto de um pequeno rio, na margem oposta à marcha dos bárbaros.

A vanguarda da horda, constituída pela tribo dos Ambrões (talvez de origem teutónica), não esperando enfrentar o grosso do exército romano, ataca-lhe o campo e é completamente aniquilada.

Dois dias depois chega o grosso da horda. Mário não dispunha de mais de 30.000 ou 40.000 homens, encontrando-se em franca desvantagem numérica.
A batalha foi prolongada e feroz, mas o novo exército romano decidiu o desenlace. No massacre seguindo 90.000 Teutões mortos e 20.000, inclusive seu rei Teutobod, foram capturados. Não querendo cair nas mãos dos romanos, muitas das suas mulheres suicidam-se (Verão de 102).

Após a batalha

Pelas condições da rendição 3% de suas mulheres deviam ser entregues aos Romanos. Quando as mulheres ouviram imploram para que fossem castigadas e depois separadas para ministrar nos templos. O pedido não foi aceito pelos romanos. Na manhã seguinte todas as crianças foram encontradas sem os braços e as mulheres cometeram suicídio em massa durante a noite.

Edição e tradução: Valter Pitta

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