Nas legiões romanas, as práticas religiosas representavam um elemento unificador, um vínculo e um instrumento da autoridade.
Manifestavam-se através do culto a alguma divindade latina, como Júpiter, Marte ou Hércules, ou mesmo oriental, como Mitra. A religiosidade dos combatentes também se orientava para personificações dos conceitos abstractos cultivados no exército, como Honos (honra), Vírtus (virtude) ou Fortuna(boa sorte).
Todos os atos militares eram acompanhados de um ritual destinado à celebração e consagração das armas. Em Março, mês em que começavam as campanhas, celebrava-se um ritual em que os sacerdotes golpeavam os escudos com uma lança e invocavam Marte. A relação de autoridade entre o imperador e os soldados estabelecia-se santificando a águia da legião, numen Iegionis, ou um animal emblemático que se sacrificava num altar situado no centro do acampamento. Antes de iniciar o combate, cada general celebrava um sacrifício invocatório chamado devotio.
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